
Quando eu tinha 13 anos, isso foi em 1970, minha família toda veio de mudança para o Brasil. Foi uma viagem no tempo também, porque a mentalidade aqui correspondia à mentalidade da Finlândia na década de 50. A virgindade até o casamento, por exemplo, era ainda um assunto tabu.
Talvez por ser estrangeira a questão do ateismo a princípio nunca me causou problemas, mas eu também não falava muito sobre isso. Para mim era muito natural ser atéia e eu não via motivo para levantar o assunto.
Conheci o meu futuro marido apenas dois anos depois. Fazia pouco tempo que estavamos namorando quando, por influência de uma amiga, fui a uma cartomante. Essa mulher me disse que o namoro do momento não daria em nada e que eu conheceria o homem com quem casaria aos 19 anos (eu estava com 15). Agora, imaginem se eu acreditasse nisso! Acabou que a gente se casou 3 anos depois, e estamos casados até hoje. Em dezembro completamos 35 anos de casados.
Para casar houve uma certa polêmica. Eu não era batizada, e deixei bem claro que se eu tivesse que fazer isso para casar na igreja, então o casamento seria só no civil.
Resultado, o meu sogro tinha um parente pastor que concordou em nos casar assim mesmo. A verdade é que a família do meu marido não era particularmente religiosa, como muitos outros eles pertenciam à igreja por formalidade.
E eu continuei atéia ainda por um bom tempo depois disso.
"E eu continuei atéia por um bom tempo...". Deixou de continuar? Não ne? Não se poderia perder uma atéia da tua categoria.
ReplyDeleteBeijo
Carlos Mello