Saturday, March 24, 2012

Matéria sobre o ensino de sueco no site Clic RBS


Diferencie-se no mercado: Aprenda um idioma incomum para conquistar mais oportunidades

Dominar chinês, japonês ou sueco pode abrir portas, multiplicar oportunidades de trabalho no Brasil e no exterior e diminuir distâncias culturais


Se estudar um idioma adicional acrescenta pontos em seu currículo, seja ele profissional ou acadêmico, aprender uma língua diferente do inglês, espanhol e francês pode abrir portas, multiplicar oportunidades de trabalho no Brasil e no exterior e diminuir distâncias culturais que seriam instransponíveis de outra forma. Além disso, o crescimento da economia brasileira em importância no mundo tem atraído investimentos de países como a China. Saber japonês ou sueco também pode fazer a diferença para quem pretende estudar ou trabalhar nos países que falam estes idiomas ou mesmo exercer alguma profissão ligada a relações internacionais no Brasil. Veja a seguir alguns detalhes sobre o que contam professores de idiomas como mandarim, japonês e sueco
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 Sueco amplia mercados e diminui distânciasPara estudar ou trabalhar na Suécia, não é necessário aprender sueco. O país tem como segundo idioma o inglês. Contudo, para viver no país de forma adequada – ou seja, não restringir sua experiência a guetos como o de brasileiros ou estrangeiros de língua inglesa –, e, principalmente, adaptar-se à peculiar cultura escandinava e evitar mal-entendidos, é crucial saber o básico: embora o país seja bilíngue, qualquer informação é apresentada em sueco, seja em placas ou produtos. 
A professora Åsa Heuser, descendente de suecos, finlandesa de natureza e porto-alegrense de coração, é  tem vários alunos em Porto Alegre que a buscam para aprender o idioma em aulas particulares: “O sueco se torna interessante para aqueles que planejam passar algum tempo no país, seja para estudar, viajar ou trabalhar, porque algum conhecimento da língua ajuda muito nestes casos. Em um supermercado, por exemplo, o caixa fala inglês, mas as informações nas prateleiras estão só em sueco, assim como placas de ruas, etc.”. Ou seja, é uma questão de sobrevivência básica.
O objetivo da maioria dos alunos é estudar na Suécia, em geral pós-graduação em medicina e que buscam fazer residência no país – referência mundial em saúde pública –; tecnologia e música. A língua tem particularidades fonéticas, mas não é nada do outro mundo. Há aproximações léxicas com o inglês, já que ambas descendem da raiz germânica. Quem conhece inglês ou fala alemão tem mais facilidade para a pronúncia.
O engenheiro de software Alberto Siedler começou a aprender sueco para divulgar seus projetos em design a clientes potenciais na capital do país, Estocolmo. “Facilita muito a comunicação e entender detalhes sutis que passariam batidos em inglês”, garante. Em breve, ele pretende apresentar um de seus projetos ao vivo na Suécia, e para isso buscou aprender mais sobre gramática e pronúncia com a professora Åsa Heuser. Das aulas, além do aprendizado, saiu com mais contatos na Suécia a quem apresentar os seus trabalhos e, se tudo der certo, vai abrir uma pequena fábrica no interior do Rio Grande do Sul apenas para atender o mercado de lá, um dos maiores do mundo em design de produtos. Mas ainda tem muito a estudar: embora seja fluente em inglês, e isso de certa forma facilite certas associações, ele admite ter dificuldades com a pronúncia.Idiomas diferenciados
“O sueco é bastante diferente do inglês, mas ainda assim o conhecimento nesta língua ajuda, porque há muitas palavras e algumas estruturas gramaticais semelhantes. Uma das principais dificuldades do sueco é a pronúncia, especialmente de algumas vogais diferentes”, detalha a professora. O alfabeto sueco tem mais letras, como as vogais Å, Ä e Ö. O gênero neutro é outra particularidade: no inglês só existe uma forma (it), enquanto que no sueco são duas (den, det). A construção das frases leva em conta elementos como substantivos, gêneros e plurais, o que complica um pouco a estrutura da frase. Só para ter uma ideia, a palavra “hus” significa “casa”, mas “huset” é “da casa”. Há ainda as palavras compostas , como “trerumslägenhet” que significa “apartamento de três cômodos. Nesse sentido, o idioma se assemelha ao alemão.
Onde aprender:
Mandarim e japonês:
Unilínguas/Unisinos: http://www.unisinos.br/unilinguas/
Japonês: NELE – Núcleo de Ensino de Línguas em Extensão da UFRGS: http://www.nele.ufrgs.br/
Sueco (professora Åsa Heuser): asaheuser@yahoo.com.br


http://revista.penseempregos.com.br/especial/rs/editorial-empregos/19,1214,3703066,Diferencie-se-no-mercado-Aprenda-um-idioma-incomum-para-conquistar-mais-oportunidades.html

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Saturday, March 3, 2012

Bule Voador » Desafio homofóbico #1



Bule Voador » Primeiro casal gay brasileiro com uma filha...



Primeiro casal gay brasileiro com uma filha registrada. Mais detalhes no Diário de Pernambuco.
Desafio homofóbico #1
A primeira pessoa a encontrar na foto acima os indícios da decadência moral terrível (levando ao fim absoluto da nossa civilização ocidental) trazida pelas famílias fora da heteronormatividade patriarcal, ganha uma cópia da Constituição Brasileira de 1988. Valendo!

 http://bule.atheis.me/post/18688818325

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"O Prazer das Palavras" de Claudio Moreno

Tenho uma enorme admiração por esse colunista da Zero Hora. Ele mantém a coluna quinzenal "O Prazer das Palavras", e eu sempre aprendo algo novo com ele. E o mais importante, ele escreve de tal maneira que entendo praticamente tudo e ainda me divirto muito.

Essa semana quero compartilhar o que ele escreveu porque me pareceu especialmente relevante. Ele esclarece a diferença entre o dicionário e a enciclopédia, e mostra a diferença de proposta de cada um. O motivo veio de uma tentativa das mais canhestras de "censura" com relação ao dicionário Houaiss.

Mas vou deixar que o próprio autor esclareça:

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Cigano (1)

Esta semana constatei, não sem surpresa, que muita gente graduada não sabe distinguir uma enciclopédia de um dicionário. É verdade que ambos são fontes de referência que organizam suas entradas por ordem alfabética, providenciais bancos de dados a que recorremos quando precisamos de uma informação a la minuta. A grande diferença entre eles, no entanto, é o tipo de informação que um e outro nos fornecem: enquanto dicionários como o Aulete ou o Houaiss nos informam sobre palavras, enciclopédias como a sólida Britânica ou a controvertida Wikipedia nos informam sobre os seres e os fenômenos em geral. E não é pouca diferença! Quero saber o significado de burlantim? Vou ao dicionário (sossegue, leitor; é um simples sinônimo de funâmbulo...). Tenho dúvida sobre o gênero de dó ou hesito na hora de pronunciar o “E” de incesto? Vou ao dicionário e fico sabendo que dó é masculino (“Sentia um dó imenso do padrinho”) e que incesto tem o “E” aberto, rimando com funesto. Agora, se preciso descobrir quanto dura a gestação do elefante, qual foi o último rei de Cartago ou quem descobriu os anéis de Saturno, só uma boa enciclopédia poderá me socorrer.

O dicionário reúne e organiza dados linguísticos; o seu assunto é a própria linguagem e o uso que dela fazemos. A enciclopédia, por seu lado, reúne dados sobre a natureza, os povos, os personagens históricos, as coisas, as obras de arte; o seu assunto é o mundo real, concreto, extralinguístico. Mesmo que o dicionário muitas vezes não possa prescindir de uma certa dose de informação enciclopédica (carrapato – “designação comum aos ácaros da família dos ixodídeos e argasídeos”), ele sempre vai muito além dela, pois tem a obrigação de registrar (o que seria inadequado numa enciclopédia) que carrapato também designa um “indivíduo importuno, que não larga outro; indivíduo que se apega com muita força a algo”. De uma enciclopédia espera-se que apresente os conhecimentos que a Humanidade conseguiu acumular sobre o ilustre carrapato; de um dicionário, exige-se que relacione e discrimine os sentidos que os falantes dão (ou deram) a este termo.

Pois não é que esta semana o Brasil inteligente ficou sabendo, estarrecido, que um procurador da República de Uberlândia quer obrigar o Instituto Antônio Houaiss a retirar de circulação todas as edições do dicionário Houaiss, que contêm, segundo a excelentíssima sumidade, “expressões pejorativas e preconceituosas relativas aos ciganos”? Confesso que há muito eu não ouvia tamanho disparate, e fiquei tão chocado com a notícia que, a princípio – imaginando que fosse mais um desses boatos propagados pelas ondas do mar da internet –, pus minha mão no fogo pelo procurador: “Um membro do Ministério Público não vai cometer o erro primário de confundir o texto de um dicionário com o de uma enciclopédia”, sentenciei – mas, ai de mim, logo me convenci de que teria feito melhor se tivesse deixado a mão no bolso: era tudo verdade!

Ocorre que este dicionário – de longe, o melhor que já tivemos em língua portuguesa – não faz mais do que a obrigação ao registrar que o termo cigano tem oito acepções, entre elas duas que Houaiss expressamente rotula como “pejorativas”: “aquele que trapaceia; velhaco, burlador” e “aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina”. Afinal, este é, como vimos, o compromisso tácito que todo lexicógrafo que se preze assume conosco: apresentar o repertório de significados atribuídos a cada palavra e indicar as particularidades de seu uso (“informal”, “antiquado”, “chulo”, “regional”, etc.). Nosso douto procurador deveria ter percebido que as informações apresentadas pelo Houaiss – que, desculpem lembrar a obviedade, não é uma enciclopédia – se referem ao termo, e não ao povo cigano. No dia em que registrar os valores depreciativos que certos vocábulos assumiram ao longo do tempo for considerado um crime, nossa língua – ou melhor, nossa civilização terá embarcado numa viagem sem volta para a noite escura da desmemória.
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Lembrei-me de duas coisas quando li isso, uma delas foi a história de um certo político (mas não posso jurar que seja verdadeira) que queria revogar a Lei da Oferta e da Procura, já que causava tanto transtorno.
Outra é que o dicionário define o vocábulo "ateu" entre outras coisas como "ímpio" (= impiedoso, que despreza a religião, que ofende a moral e a justiça, etc).

Imagina se a moda pega...

 Eu, hein!