[Traduzido a partir do seguinte artigo:
http://atheism.about.com/od/atheismatheiststheism/a/AtheistsIgnored.htm?nl=1]
Pergunta: Quando ateus explicam porque se tornaram ateus, o que ateísmo é, e o que não é, os teístas (e especialmente cristãos) muitas vezes se recusam a aceitar o que ouvem. Isso acontece até mesmo quando um ateu apenas responde a uma pergunta específica que lhe foi feita. Porque teístas se comportam dessa maneira? O que posso fazer a respeito?
Resposta: A maioria dos ateus que tiveram discussãoes com teistas, especialmente cristãos, sobre religião, teísmo, e ateísmo, já passaram isso. O ateu explica alguma coisa sobre o seu próprio ateismo (como porque se tornaram ateus) ou sobre ateismo em geral (como o quê é ateísmo) e o teista se recusa a acreditar nele. Mesmo que o teísta tenha feito uma pergunta direta e está recebendo uma resposta direta, eles agem como se já soubessem a resposta e descartam o que o ateu diz.
Tipicamente o teista alega que o ateu está de alguma forma “negando” a verdade. Ele não se tornou ateu porque realmente percebeu que os argumentos para a existência de deuses eram falhos, se tornou ateu porque queria viver uma vida imoral sem ter que responder perante ‘deus’. Ateismo não é apenas a falta de crença em deuses, é uma ideologia anti-deus , anti-cristã dedicada à erradicação da liberdade religiosa e a imposição de uma ditadura secular e socialista.
Essas crenças mantidas pelos teístas tem pouco ou nada a ver com a realidade, mas são anunciadas com grande convicção e sinceridade. Não importa o que o ateu diga ou faça, parece ter pouco impacto – o teísta vai continuar convencido de qualquer coisa que acreditasse desde o início, e um contato com um ateu real que não reflita nenhuma dessas coisas não é visto como um bom motivo para reconsiderar.
Considerando tudo isso, porque o teista fez qualquer pergunta para começar? Porque fazer perguntas quando se está convencido de que já se tem a resposta e não vai se deixar abalar por qualquer resposta, evidência ou argumento em contrário que se possa ouvir?
A resposta, creio, é que os cristãos que fazem essas perguntas não estão fazendo nenhuma pergunta de verdade. Uma pergunta verdadeira é uma admissão de desconhecimento, a expressão de um desejo de saber mais, e um convite para que alguém ajude uma pessoa a expandir o seu conhecimento, compreeensão, e horizontes. As pessoas só podem fazer perguntas genuínas na premissa de que existem coisas que elas deviam ou podiam saber que ainda não sabem, que elas podem estar enganadas sobre algumas coisas que pensam que sabem, e que poderia ser necessário mudar no futuro. Dadas essas condições, quantas vezes os cristãos fazem perguntas genuínas aos ateus? Não muitas, pela minha experiência.
Em vez disso, é muito mais comum que os cristão façam apenas perguntas retóricas sobre ateismo e ateus. São como pais perguntando aos seus filhos o que aconteceu com o biscoito que desapareceu: os pais sabem muito bem o que aconteceu e só estão interessados em ver se seus filhos irão admitir o que fizeram. Ateus que admitem estar cheios de ódio e em negação a ‘deus’ são crianças que agiram errado mas podem ser salvas porque reconhecem seus pecados. Ateus que se recusam a admitir isso estão duplamente condenados: não apenas odeiam e negam ‘deus’, mas se recusam a sequer ser honestos o suficiente para admitir o que fizeram.
É claro que muitas das perguntas que as pessoas fazem no seu dia-a-dia não cai em nenhum desses extremos. É comum que não estejamos nem absolutamente convencidos da reposta antecipadamente nem 100% abertos a alguma informação nova e emocionante da pessoa diante de nós. Todos temos idéias e tendências que fazem com que, acho que de forma bastante inconsciente, formemos opiniões antecipadas sobre que tipo de resposta vamos receber a muitas de nossas perguntas. Podemos não saber porque um político está advogando em favor de determinada política, mas muito antes de receber uma resposta à nossa pergunta podemos suspeitar de que a influência de lobistas, racismo, indiferença aos pobres, ou outras motivações escusas estão envolvidas.
Ainda assim, quantas vezes declaramos em voz alta nossas supseitas ou negações à pessoa que acabou de responder a nossa pergunta? Mesmo quando temos fortes suspeitas, é improvável que façamos isso sem mais nem menos; Em vez disso, nós geralmente tomamos o que nos é dito pelo seu valor aparente. Quase ninguém tenta começar uma discussão alegando que a resposta é simplesmente uma mentira designada a encobrir a nossa negação da realidade. Se dissermos alguma coisa, será a outra pessoa, mais tarde, onde discretamente falaremos das nossas reservas, suspeitas ou preocupações.
Por algum motivo, entrtanto, tal educação e respeito básicos tendem a faltar quando se trata de como cristãos tratam os ateus. Um cristão que nunca diria a alguém “você não se casou com ele por amor, você casou pelo dinheiro!” não tem nenhum problema em dizer “você não deixou o cristianismo por estar persuadido por argumentos mais fortes em favor do ateismo, você o deixou porque teve experiências ruins com uma igreja ruim!” (ou alguma outra desculpa). E quantos desses mesmos cristãos enontraremos em outras situações reclamando que os ateus é que são mal educados, desrespeitosos e intolerantes?
A maioria dos ateus provavelmente não se incomodam em reponder perguntas genuínas sobre o seu ateísmo ou ateismo de forma geral, mas ele provavelmente também não estão nem um pouco interessados em perguntas falsas de alguém que arrogantemente presume que já sabe as respostas. Se fossem completamente honestos, não perguntariam “porque você é ateu?” mas simplesmente diriam “Não conheço você, nunca vi você antes, nunca conversei com você, não conheço nenhum amigo ou familiar seu, e nem sabia de sua existência até 10 minutos atrás, mas eu sei extamente porque você é ateu.”
Colocado dessa forma, claro, é uma postura absurda a adotar, e aqueles que estão inclinados a tentar deveriam parar antes de chegar a esse ponto. Ateus que se deparam com isso deveriam se recusar a jogar o seu jogo. Refaçam a pergunta retórica deles para a declaração actegórica que ela realmente é e faça o teista sustentar o que estão dizendo. As chances de eles conseguirem argumentar de forma razoável são tão pequenas que é praticamente garantido que você vai conseguir colocar um fim rápido a uma conversa que não ia ser produtiva de qualquer forma.
Os teístas já partem de um princípio (dogma) que não comporta discussões...a fé não se explica, não se discute, não se comenta...é quase um burro com vendas puxando eternamente a mesma carroça pelo mesmo caminho...
ReplyDeletePor isso não entro em discussões dessa monta...simplesmente não vale a pena :)
Olha, uma das razões também é que vários cristãos querem causar "polêmica"... Isso mesmo! Polêmica! Fora que todo teísta, quando é criado por sua família, é ensinado a acreditar em deus por mais que todos os argumentos de sua existência sejam falhos... Eu tenho a experiência.
ReplyDeleteAdorei o post e é exatamente isso que farei se algum cristão vier me perguntar. Não vale a pena perder tempo se ele quer te prejudicar.
bjs
O cristão médio vive o pecado da soberba: considera-se superior, "tocado" pelo senhor, pregando uma fé absurda cujo cerne é o suborno divino! É incapaz de vivenciar o amor que afirma ter pelo próximo e, se o próximo não é mero replicante de sua fé, recebe dele a ira suprema! Enfim: é impossível conversar com um crente médio.
ReplyDeleteOutra coisa ruim de aturar são crentes semi-analfabetos que começam a frequentar alguma seita e, de repente, acham que estão de posse de alguma "verdade" fantástica, que poucos conhecem, e que cabe a eles ensiná-la aos outros, não importando que sejam pessoas muito mais instruídas que eles.
ReplyDeleteE o pior é que são levados a sério e já vi grupos de oração, compostos até por gente com instrução superior, liderados por esses ignorantes que leem a Bíblia com dificuldade, sílaba por sílaba, provavelmente sem entender nem a metade.
Sou ateia e meu pai morreu esta semana. Fiquei muito triste e chorei muito,pela saudade e falta que irá me fazer. Um parente teísta chegou perto de mim, e de forma totalmente desrespeitosa, fez a seguinte afirmativa :"PORQUE VOCÊ ESTÁ CHORANDO SE VOCÊ NÃO ACREDITA EM DEUS E nem VIDA APÓS A MORTE?" Notem o tamanho da ofensa e da total falta de tolerância com as explicações que nós ateus damos as mesmas questões sobre a vida e sobre a morte, ao ponto, de nos colocarem quase sem capacidade de amar os outros. É devido a INTOLERÂNCIA para com o outro , o diferente, que ao longo de toda a história humana, EM NOME DE DEUS, se matou milhões de pessoas, por simplesmente acreditarem ,serem e defenderem ideias diferentes. Neste início do século XXI, percebemos que o SER HUMANO aprendeu muito pouco sobre algo fundamental e nobre: A TOLERÂNCIA.
ReplyDeletePerséfone.
ReplyDeleteLamento profundamente a tua perda, eu também perdi o meu pai há um ano e sei como se sente. O amor que sentimos pelas pessoas talvez seja até maior pelo fato de sabermos que não há outra vida. A falta que nos fazem dói muito, e lamento muito a falta de respeito que tiveram com você.
Abraço solidário.
Åsa
Pelo fato de sua mensagem de conforto ter vindo poucos minutos depois de ter postado um comentário sobre o preconceito que sofri por ser ateia, me deixou tão comovida e emocionada,que fico profundamente agradecida com sua solidariedade. Aliás, este sentimento também tão nobre e fundamental da SOLIDARIEDADE, é bastante apregoado entre os teístas, mas pouco praticado com sinceridade.
ReplyDeleteAgradeço, emocionada o seu carinho.
Um abraço,Rejane Villanova.
http://linksdotempo01.blogspot.com/2010/01/maior-prostituta-da-historia.html
ReplyDeleteEscrevi este texto no meu blog, com o seguinte titulo, bem humorado, "A maior prostituta da História", onde faço um pequeno relato histórico sobre a opinião de Nietzsche a respeito do cristianismo:
"Com isso eu concluo e pronuncio o meu veredicto. Eu condeno o cristianismo, levanto contra a igreja cristã a mais terrível das acusações que um acusador jamais tenha pronunciado. Para mim é a maior das corrupções concebíveis..."
Nietzsche.
Também tenho um blog de poemas,onde posto poemas de grandes poetas e também,atrevidamente,aqueles que escrevo. Aqueles que escrevo não possuem o nome do autor, pois são meus. Todos os outros possuem o nome dos poetas.
ReplyDeleteDeixo um poema belíssimo de um poeta ateu, onde ele descreve a imensa necessidade que tem o ser humano de negar a morte, único animal que tem consciência de sua finitude, e cria a ideia de deus, pedido a ele a capacidade ilusória de ser infinito.
POEMA DO SILÊNCIO
José Régio
Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.
Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.
Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!
Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...
O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.
Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!
Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.
Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!
Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.
Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!
Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.
Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...
Senhor! que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...
Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome.
Endereço do meu blog:http://profundidademaritima.blogspot.com/
Querida Åsa,
ReplyDeleteAo ver seus vídeos no youtube,senti uma identificação tão profunda com suas palavras, como se elas fossem minhas. O que me lembra uma musica do Milton Nascimento que diz:"Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim, que perguntar carece , como não fui eu que fiz".Assim , convido-a visitar meu blog, para ver se gostou do resultado.
Um sincero abraço,
Rejane Villanova
Endereço do meu blog:http://profundidademaritima.blogspot.com/
Åsa, como vai você?
ReplyDeleteSinto uma identificação tão grandes com tuas palavras, que é como se "viéssemos do mesmo planeta",(HE,HE,HE) pois vivo numa tradicional família mineira (TFP),sofri muito com inúmeras intolerâncias pelo meu jeito de ser questionadora,por minhas escolhas diferentes dos padrões estabelecidos por eles, por querer viver minha sexualidade,minhas paixões,que como naquela musica dos "TITÃS" _FAMÌLIA-
"Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão"
Sinto na sua fala mansa,calma,centrada,ponderada e tão bem argumentada,toda sua formação intelectual e a sua estruturada personalidade,que transmite paz e certezas. Gostei muito te ouvir nos vídeos, ver sua tranquila coragem em defender seus ideais, e isto me serviu de profunda admiração e um desejo de imitá-la criativamente.
Sinto que as tradições familiares e culturais de suas origens,proporcionou esse tranquilo questionamento.Estou certa?
Queria refletir com você, que ainda existe muitos preconceitos, tabus e conceitos sobra as mulheres que devem ser mudados. Para mim, como dizia um professor de antropologia social da minha faculdade,"a principal revolução do século XX foi a feminista, que modificou relações de domínio dos homens sobre as mulheres que são milenares , tanto na sociedade ocidental, e também nas sociedade oriental" Em raras, sociedades podemos encontrar um certo equilíbrio de poderes entre homens e mulheres.Um filme muito interessante que discuti iso é o "ANTICRISTO" de Lars Von Trier. Vou postar em breve um comentário no meu blog sobre história, LINKS DO TEMPO, sobre este filme. Mas por hora deixo um endereço de outro site, onde um homem faz uma análise incrivelmente parecida com a minha, que fiz com um amigo especial.Por hora, peço-lhe que , se possível, leia o blog que lhe mando como referência e veja o filme.
Abraços fraternos,
Rejane Villanova.
ENDEREÇO DO BLOG:
http://blognilzit.blogspot.com/2009/09/anticristo-lars-von-trier_17.html
Querida Perséfone.
ReplyDeleteFui criada em uma família de ateus, então se pode dizer realmente que isso me deu a base para questionar e duvidar. Nas minhas primeiras postagens no meu blog tem alguma coisa sobre essa minha origem.
Mas a tranquilidade eu desenvolvi mais com a idade, quando a experiência nos dá alguma estabilidade. Não que não se possa mudar de idéia ainda sobre muitas coisas, mas alguns aspectos básicos ficam mais definidos.
Passei uma boa parte da minha vida buscando e tentando achar algo em que pudesse acreditar, mas acabei percebendo a futilidade disso, e quando parei me senti em paz.
Já li o blog e estou baixando o filme para assistir assim que der. É verdade que a posição da mulher ainda está longe do ideal, principalmente em países latinos, muçulmanos, e de terceiro mundo, mas em países bem avançados como a Suécia e alguns outros paises europeus, já não existe mais quase nenhuma diferença em termos de direitos e tratamento. Um dia chegaremos lá também.
Falando em Lars von Trier, você já viu Dogville?
Abraços
Åsa
nossa.. li os comentarios da persefone.. e fiquei chocado com que um parente disse pra ela...
ReplyDelete"PORQUE VOCÊ ESTÁ CHORANDO SE VOCÊ NÃO ACREDITA EM DEUS E nem VIDA APÓS A MORTE?"
caramba....
fiquei até sem o que pensar
Honestamente, admiro muito sua paciência e benevolência, Perséfone.
ReplyDeleteEmbora eu pregue muito a prática da não-violência, não teria conseguido me segurar, teria partido a cara do infeliz ali mesmo.
Discutir com TEISTAS é total perda de tempo, o povo é burro e ignorante e isso n vai mudar, ATEU q é ATEU n precisa de empurram nenhum para o ser, o simples senso critico q ele possui o leva a enxerga as coisas de maneira clara e racional. Muito diferente dos TEISTAS, um povo que tem preguiça de pensar.
ReplyDeleteE porque não se deveria considerar este blog mais um blog de auto-ajuda ateu ?
ReplyDeleteSempre que vejo estes blogs só vejo manifestações contra "Deus e o mundo", mas argumentos sólidos, é raro.
O @Alyen é uma demonstração disso. Ele nescessita entrar em um lugar como este para poder dizer algo sem ser criticado, e como segundo passo, nescessita rebaixar o objeto de ira dele (ele é racional né ?) para poder aplicar o manjado "self-selling" ateísta.
É perda de tempo discutir com teistas porque eles tiveram provas de que Deus existe oras bolas. tentar convencer alguém que teve essa experiência de que Deus não existe é o mesmo que dizer que o braço do mesmo não existe.
A única coisa que um ateu pode fazer é esquecer essa questão, porque não existe solução pra inexistência de Deus, só para a existência do mesmo.
Ademais, Deus não é consequência de uma nescessidade de existência, Deus é uma nescessidade pra explicação da mesma. Não existe empreitada mais racional e digna do que procurar a razão de ser das coisas. Fácil é falar que tudo existe por acaso. Tudo vem do acaso, logo, não preciso procurar mais nada. Se não preciso procurar mais nada, não preciso PENSAR em mais nada.
Desculpa, mas não é os que creêm que não pensam senhor Alyen.
Muito interessante este artigo. Eu já passei diversas vezes por esta situação. Eu sou de Porto Alegre, mas trabalho no interior do estado do Rio de Janeiro, onde há muitas denominações religiosas. Nos bairros populares, cada 50 metros podemos ver uma porta de garagem transformada em culto. Meus colegas de trabalho são em maioria bastante religiosos. Com os mais próximos eu não me furto de discutir estas questões sobre teísmo-ateísmo. Mas com outros eu nem tenho coragem de me declarar ateu, não teriam capacidade de entender. Alguns vêm com estas questões mencionadas no artigo acima. Um colega que ficou perturbado com o meu ateísmo foi se consultar com um padre amigo seu e ele disse que eu seria um "homem natural". Na hora eu não entendi o significado disso, mas pesquisando encontrei:
ReplyDelete"Porque o homem natural não consegue entender as coisas espirituais?
O apóstolo Paulo escreveu esta passagem em I Cor 2:14-15a e ele mesmo responde na segunda parte do versículo:
'(...) quem não tem o Espírito de Deus não pode receber os dons que vêm do Espírito e, de fato, nem mesmo pode entendê-los. Essas verdades são loucura para essa pessoa porque o sentido delas só pode ser entendido de modo espiritual.
A pessoa que tem o Espírito Santo pode julgar o valor de todas as coisas (...)'"
Isso significaria que o homem que não "recebe" o Espírito Santo é "burro".
Eu penso ao contrário: o crente é aquele a quem dizem que Deus existe e ele para de pensar, não contesta e encerra a busca. Eu continuei a pensar, a buscar a verdade e conclui que isso não era verdade, Deus não existe.
Voltei a postar.
ReplyDeleteHoje pela manhã houve a projeção de um vídeo "motivacional" aqui no meu trabalho. (In)felizmente eu não pude ir pois tinha outra reunião no mesmo horário. Mais tarde fiquei sabendo que o tal vídeo era de um sujeito intitulado Professor Gretz e que ele havia atacado os ateus com aquela surrada piada do avião cheio de ateus que gritariam "meu deus!" quando falhassem os motores. Na hora não dei muita bola, mas agora de noite eu casualmente encontrei o tal vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=gAtZ7VtmDkk
Não sei o que eu faria se estivesse assistindo o vídeo hoje pela manhã no meu local de trabalho. Provavelmente não teria direito de resposta, e, se tivesse, gostaria que o tal professor estivesse presente para dizer algumas verdades pessoalmente. Mas eu capturei o pedaço ofensivo deste vídeo e amanhã estarei levando a ouvidoria da companhia (Petrobras) para que haja uma retratação. Que pessoas compactuem com essa ofensa é uma coisa, mas uma empresa desse porte não pode permitir isso.